domingo, 12 de setembro de 2010

O que é a Doença de Alzheimer (DA)

A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos, que acomete preferencialmente as pessoas idosas.
Estima-se que nos EUA existam cerca de quatro milhões de pacientes, no Brasil pelo menos um milhão.
Foi descrita pela primeira vez pelo médico Alois Alzheimer em 1906.

Essa doença é erroneamente conhecida pela população como 'esclorese' ou 'caduquice'. É uma forma de demencia cuja causa não se relaciona com a circulação ou com a aterosclerose. É causada pela morte das células cerebrais que leva a uma atrofia do cérebro.

Quais são os sintomas?

No começo são os pequenos esquecimentos, normalmente aceitos pelos amiliares como parte do processo normal de envelhecimento, que vão se agravando gradualmente.
Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passam a apresentar alteração da personalidade, com distúrbios de conduta e terminam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colcoados frente a um espelho.
À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação se inviabiliza e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares do cotidiano como alimentação, higiene, vestir-se, etc.

Qual a causa da doença de Alzheimer?

A causa da doença de Alzheimer ainda não é conhecida. Existem várias teorias, porém, de concreto, aceita-se que seja uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).

Como é feito o diagnóstico?

Não há um teste específico que estabeleça de modo inquestionável a doença. O diagnóstico certo da DA só pode ser feito por exame do tecido cerebral obtido por biópsia ou necrópsia. Deste modo, o diagnóstico de provável DA é feito excluindo outras causas de demência pela história (depressão, perda de memória associada à idade), exames de sangue (hipotireoidismo, deficiência de vitamina B), tomografia ou ressonância (múltiplos infartos, hidrocefalia) e outros exames.
Existem alguns marcadores, geralmente identificados a partir doe xame de sangue, como a apolipoproteina E (APOE), cujos resultados podem mostrar chance aumentada de DA e são úteis em pesquisa, mas não servem para diagnóstico individual. É claro que isso não impede que marcadores mais sensíveis venham a surgir no futuro.

Como é feito o tratamento?

O tratamento da DA tem dois aspectos: um inespecífico, por exemplo, de alterações de comportamento, como agitação e agressividade, do humor como depressão, que não deve ser feito apenas com medicação, mas também com orientação por diferentes profissionais da saúde. O tratamento específico é feito com drogas que podem corrigir o desequilíbrio químico do cérebro, como a Tacrina, Donepezil, Rivastigmina, Metrifonato e Galantamina. Este tratamento funciona melhor na fase inicial da doença e o efeito é temporário, pois a DA continua progredindo.

Como a doença afeta familiares?

As dúvidas e incertezas sobre o futuro, a grande responsabilidade, a inversão de papéis onde os filhos passam a se encarregar dos cuidados de seus pais, além da enorme carga de trabalho e sobrecarga emocional acabam por gerr no meio familiar intenso conflito e angústia.
A sensação de estar só, isolado, desamparado e a inevitável pergunta "por que isso está acontecendo comigo?" submete aos cuidadores a enorme pressão
psicológica acompanhada de depressão, estresse, queda da resistência física, problemas de ordem conjugal, etc.

O que pode ajudar?

A grande arma no enfrentamento dessa doença é a informação associada à solidariedade.
À medida que os familiares conhecem melhor a doença e sua provável evolução, vários recursos e estratégias podem ser utilizados com sucesso.
É fundamental que os familiares saibam que sempre há algo a fazer, sempre é possível melhorar a qualidade de vida dos apcientes e dos familiares.
Existem doenças incuráveis, porém não existem pacientes "intratáveis".


Fonte: ABRAz